I am the best and f*** the rest

Faltando poucos jogos para o final do Brasileirão, nós homens começamos a agir de modo estranho. Se no decorrer do ano o máximo que fazemos é ler o caderno de Esportes em primeiro lugar todas as manhãs, agora estamos procurando todos os telejornais, mesas-redondas, sites e tudo o mais para tentar descobrir o que vai acontecer com o nosso time. Não que isso nos faça diferente da metade feminina da população mundial, muito pelo contrário. Elas não estão queimando os neurônios preocupadas em saber que fim terão a Sol, o Tião e o boi Bandido? Nós queremos saber se é o Corinthians ou o Inter que vai ser campeão, se é Santos ou Palmeiras que vai pra Libertadores e se é Flamengo ou Atlético-MG que vai pra Série B. Eu sei que uma parte delas (em especial as frequentadoras desse blog) não dá a menor bola pra novela, assim como alguns de nós confundem Fluminense com Brasiliense. Mas o efeito é o mesmo. Entendam uma coisa: a turma da testosterona é competitiva por natureza. Somos programados para querer sempre superar os outros, desde a fecundação. Ou alguém aqui acha que é fácil competir com 200 milhões de espermatozóides? Temos uma necessidade de estar sempre mostrando o quanto somos fortes, poderosos, etc. Quando éramos peludos e morávamos em caverna, fazíamos isso quebrando crânios alheios com um tacape. Hoje que somos racionais e civilizados (dispenso os comentários irônicos...), preferimos fazer isso identificando-nos como vencedores. Não precisamos subjugar o outro fisicamente, é como a piada do náufrago com Sharon Stone, melhor que ser bom é mostrar pra todo mundo que se é bom. Não interessa se é comprando uma Ferrari, transando com a Angelina Jolie ou torcendo pro time campeão.