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21.10.05

Pelo direito de dormir após o coito

Eu compreendo que as mulheres sofrem pra viver num mundo em que toupeiras do sexo masculino praticam o machismo chauvinista de alto impacto atrasando a evolução da espécie humana. E que algumas conquistas e demarcações de território na sociedade são às vezes necessária para que as mulheres não sejam subjugadas como minoria. Mesmo porque, nenhum homem quer que mulher seja minoria. Elas têm que ser maioria absoluta, explosão demográfica de mulheres. Abaixo os cuecas!

Mas chegou um momento em que, por ninguém dar limite pro mulherio ensandecido por direitos, elas acabaram extrapolando o conceito de feminismo e tentando subverter a ordem natural das coisas nos privando por meio de deduções fajutas baseadas em plataformas de araque de direitos que existem e foram impressos no código genético masculino muito antes da invenção do clitóris. Como por exemplo, o direito ao sagrado e fundamental soninho após o coito.

Nós homens, muitas vezes, nos vimos obrigados a obedecer a uma etiqueta sexual instituída por alguma tirana feminista vingativa que atinge os píncaros do absurdo. Um de seus fundamentos mais loucos, diz que não é de bom tom que a metade masculina de uma relação heterossexual relaxe a ponto de puxar um ronco após desprender-se de seu sêmen. Seria considerado desrespeitoso com a parceira...se não fosse absolutamente necessário e natural a raça!

Porque, eu não vou aqui ficar definindo quando começa e acaba a trepada. Mas uma coisa é absoluta e concreta, como uma bigorna despencando do alto do Empire State: após gozar, o homem relaaaaaxa. Pelo menos uma vez na vida o homem já gozou plena, apaixonada e descontroladamente e se vê imerso num torpor profundo, denso, maravilhoso. Isso é gozar. Claro que têm os homens performance, que tem o pau monitorado pelo cérebro e não pelo coração, e gozam programadinho na hora que a mulher quer, aonde ela pede e com a quantidade exata que ela gosta. Mas eu estou falando do homem normal, passível até de broxar, e não ator de filme de sacanagem. Eu não respondo por eles.Esses que sejam defendidos pelo sindicato. Deve ter algum...

O que eu espero que fique entendido, é que o homem não dorme porque não está nem aí para sua parceira. Mas porque é assim que ele reage ao gozo. É bi-o-ló-gi-co e está além de conceitos discutidos em "Sex and the City" e as mulheres adotam como se tivesse sido publicada no diário oficial. Nós já somos reprimidos por tantas coisa quando estamos em público - ainda bem, porque senão as pessoas peidariam e tirariam meleca indiscriminadamente - ainda vamos ser podados de um função básica do corpo humano e ainda por cima tão boa?

Saibam vocês que o soninho que bate após o gozo, é um sono raro, de uma qualidade sem igual. É quase um transe. Você embarca numa trip deliciosa nos braços do morfeu. A gravidade zera. Todos os seus músculos relaxam e as tensões são amortecidas. Você se sente completo e satisfeito, como se tivesse cumprido sua função na terra e ainda lhe sobrasse tempo para desfrutar da vida. É um momento totalmente excelente!

E aí vem uma mulher cheia de marra dizer que você é um insensível, um monstro, um mal educado porque não a satisfez antes dela chegar ao clímax e fica com aquela cara igual a da Mari Alexandre sendo expulsa da casa dos artistas. Não entende que o gozo é a conseqüência e não o objetivo. Se ela quer um ser adestrado, porque não arrumou um poodle do Orlando Orfei? Fala sério! Cancelem nossa medalha de boa conduta, mas deixem-nos dormir depois de gozar!! Ora, essa!

16.10.05

Senta, Gamarra

Mais uma rodada, mais um ponto e o Timão continua na liderança. É o 13º jogo seguido sem derrota do Corinthians, mas também, perder do Palmeiras ninguém merece... só esse ano foram 2 vitórias, além do empate de hoje. Pra quem jogou desde os 28 do primeiro tempo com um jogador a menos, 1x1 tá ótimo. Valeu só pelo golaço do Tevez, que driblou 3 porquinhos antes de mandar pra dentro... poxa, o Gamarra é um dos melhores zagueiros do mundo, já foi capitão do Corinthians, ele não merecia ficar sentado no chão depois daquela finta. Ou merecia?

14.10.05

Maus perdedores

Corinthians ganhou suado do Peixe ontem. Quando o Corinthians virou o jogo, os jogadores do Santos, como mau perdedores que são, agiram na base do "a bola é minha então não brinco mais", e eu não duvido que as invasões de campo tenham sido "facilitadas" pelos seguranças da Vila Belmiro

13.10.05

Jogão de bola

Ah, sim, hoje tem Corinthians e Santos na Sportv às 20h30. Todo mundo torcendo pelo Timão...

Nós x Eles

Brasil terminou as eliminatórias da Copa em primeiro lugar. Sei lá se isso é bom ou mau, só sei que terminamos na frente da Argentina, o que é sempre bom.

E o Gustavo Nery comeu a bola nesses últimos jogos da seleção, já é quase certo que ele vá para a Alemanha. Pra manter a tradição de Gilmar dos Santos Neves (58-62), Rivelino (70), Viola (94) e Ricardinho e Vampeta (2002), todas as vezes que o Brasil foi campeão tinha um jogador do Corinthians no elenco. Faz sentido, a seleção campeão do mundo contar com jogadores do ÚNICO time campeão do mundo...

12.10.05

Homem que é homem

Homem que é Homem não usa camiseta sem manga, a não ser para jogar basquete. Homem que é Homem não gosta de canapés, de cebolinhas em conserva ou de qualquer outra coisa que leve menos de 30 segundos para mastigar e engolir. Homem que é Homem não come suflê. Homem que é Homem - de agora em diante chamado HQEH - não deixa sua mulher mostrar a bunda para ninguém, nem em baile de carnaval. HQEH não mostra a sua bunda para ninguém. Só no vestiário, para outros homens, e assim mesmo, se olhar por mais de 30 segundos, dá briga. HQEH só vai ao cinema ver filme do Franco Zeffirelli quando a mulher insiste muito, e passa todo o tempo tentando ver as horas no escuro. HQEH não gosta de musical, filme com a Jill Clayburgh ou do Ingmar Bergman. Prefere filmes com o Lee Marvin e Charles Bronson. Diz que ator mesmo era o Spencer Tracy, e que dos novos, tirando o Clint Eastwood, é tudo veado.
HQEH não vai mais a teatro porque também não gosta que mostrem a bunda à sua mulher. Se você quer um HQEH no momento mais baixo de sua vida, precisa vê-lo no balé. Na saída ele diz que até o porteiro é veado e que se enxergar mais alguém de malha justa, mata. E o HQEH tem razão. Confesse, você está com ele. Você não quer que pensem que você é um primitivo, um retrógrado e um machista, mas lá no fundo você torce pelo HQEH. Claro, não concorda com tudo o que ele diz. Quando ele conta tudo o que vai fazer com a Feiticeira no dia em que a pegar, você sacode a cabeça e reflete sobre o componente de misoginia patológica inerente à jactância sexual do homem latino. Depois começa a pensar no que faria com a Feiticeira se a pegasse. Existe um HQEH dentro de cada brasileiro, sepultado sob camadas de civilização, de falsa sofisticação, de propaganda feminina e de acomodação. Sim, de acomodação. Quantas vezes, atirado na frente de um aparelho de TV vendo a novela das 8 - uma história invariavelmente de humilhação, renúncia e superação femininas - você não se perguntou o que estava fazendo que não dava um salto, vencia a resistência da família a pontapés e procurava uma reprise do Manix em outro canal? HQEH só vê futebol na TV. Bebendo cerveja. E nada de cebolinhas em conserva! HQEH arrota e não pede desculpas.
*Se você não sabe se tem um HQEH dentro de você, faça este teste. Leia esta série de situações. Estude-as, pense, e depois decida como você reagiria em cada situação. A resposta dirá o seu coeficiente de HQEH. Se pensar muito, nem precisa responder: você não é HQEH. HQEH não pensa muito!
Situação 1 Você está num restaurante com nome francês. O cardápio é todo escrito em francês. Só o preço está em reais. Muitos reais. Você pergunta o que significa o nome de um determinado prato ao maître. Você tem certeza que o maître está se esforçando para não rir da sua pronúncia. O maître levará mais tempo para descrever o prato do que você para comê-lo, pois o que vem é uma pasta vagamente marinha em cima de uma torrada do tamanho aproximado de uma moeda de um real, embora custe mais de cem. Você come de um golpe só, pensando no que os operários são obrigados a comer. Com inveja. Sua acompanhante pergunta qual é o gosto e você responde que não deu tempo para saber. 0 prato principal vem trocado. Você tem certeza que pediu um "Boeuf à quelque chose" e o que vem é uma fatia de pato sem qualquer acompanhamento. Só. Bem que você tinha notado o nome: "Canard melancolique". Você a princípio sente pena do pato, pela sua solidão, mas muda de idéia quando tenta cortá-lo. Ele é um duro, pode agüentar. Quando vem a conta, você nota que cobraram pelo pato e pelo "boeuf' que não veio. Você:
a) paga assim mesmo para não dar à sua acompanhante a impressão de que se preocupa com coisas vulgares como o dinheiro, ainda mais o brasileiro;
b) chama discretamente o maître e indica o erro, sorrindo para dar a entender que, "Merde, alors", estas coisas acontecem;
c) vira a mesa, quebra uma garrafa de vinho contra a parede e, segurando o gargalo, grita: "Eu quero o gerente e é melhor ele vir sozinho!
Situação 2 Você foi convencido pela sua mulher, namorada ou amiga - se bem que HQEH não tem "amigas", quem tem "amigas" é veado - a entrar para um curso de Sensitivação Oriental. Você reluta em vestir a malha preta, mas acaba sucumbindo. O curso é dado por um japonês, provavelmente veado. Todos sentam num círculo em volta do japonês, na posição de lótus. Menos você, que, como está um pouco fora de forma, só pode sentar na posição do arbusto despencado pelo vento. Durante 15 minutos todos devem fechar os olhos, juntar as pontas dos dedos e fazer "rom", até que se integrem na Grande Corrente Universal que vem do Tibete, passa pelas cidades sagradas da Índia e do Oriente Médio e, estranhamente, bem em cima do prédio do japonês, antes de voltar para o Oriente. Uma vez atingido este estágio, todos devem virar para a pessoa ao seu lado e estudar seu rosto com as pontas dos dedos. Não se surpreendendo se o japonês chegar por trás e puxar as suas orelhas com força para lembrá-lo da dualidade de todas as coisas. Durante o "rom" você faz força, mas não consegue se integrar na grande corrente universal, embora comece a sentir uma sensação diferente que depois revela-se ser câimbra. Você:
a) finge que atingiu a integração para não cortar a onda de ninguém;
b) finge que não entendeu bem as instruções, engatinha fazendo "rom" até o lado daquela grande loura e, na hora de tocar o seu rosto, erra o alvo e agarra os seios, recusando-se a soltá-los mesmo que o japonês quase arranque as suas orelhas;
c) diz que não sentiu nada, que não vai seguir adiante com aquela bobagem, ainda mais de malha preta, e que é tudo coisa de veado.
Situação 3 Você está numa daquelas reuniões em que há lugares de sobra para sentar, mas todo mundo senta no chão. Você não quis ser diferente, se atirou num almofadão colorido e tarde demais descobriu que era a dona da casa. Sua mulher ou namorada está tendo uma conversa confidencial, de mãos dadas, com uma moça que é a cara do Charlton Heston, só que de bigode. O jantar é à americana e você não tem mais um joelho para colocar o seu copo de vinho enquanto usa os outros dois para equilibrar o prato e cortar o pedaço de pato, provavelmente o mesmo do restaurante francês, só que algumas semanas mais velho. Aí o cabeleireiro de cabelo mechado ao seu lado oferece: - Se quiser usar o meu... - O seu...? - Joelho. - Ah... - Ele está desocupado. - Mas eu não o conheço. - Eu apresento. Este é o meu joelho. - Não. Eu digo, você... - Eu, hein? Quanta formalidade. Aposto que se eu estivesse oferecendo a perna toda você ia pedir referências. Ti-au. Você:
a) resolve entrar no espírito da festa e começa a tirar as calças;
b) leva seu copo de vinho para um canto e fica, entre divertido e irônico, observando aquele curioso painel humano e organizando um pensamento sobre estas sociedades tropicais, que passam da barbárie para a decadência sem a etapa intermediária da civilização;
c) pega sua mulher ou namorada e dá o fora, não sem antes derrubar o Charlton Heston com um soco.
Se você escolheu a resposta "a" para todas as situações, não é um HQEH. Se você escolheu a resposta "b", não é um HQEH. E se você escolheu a resposta "c", também não é um HQEH. Um HQEH não responde a testes. Um HQEH acha que teste é coisa de veado.

Este país foi feito por Homens que eram Homens. Os desbravadores do nosso interior bravio não tinham nem jeans, quanto mais do Pierre Cardin. O que seria deste pais se Dom Pedro I tivesse se atrasado no dia 7 em algum cabeleireiro, fazendo massagem facial e cortando o cabelo à navalha? E se tivesse gritado, em vez de "Independência ou Morte", "Independência ou Alternativa Viável, Levando em Consideração Todas as Variáveis!"? Você pode imaginar o Rui Barbosa de sunga de crochê? O José do Patrocínio de colant? 0 Tiradentes de kaftan e brinco numa orelha só? Homens que eram Homens eram os bandeirantes. Como se sabe, antes de partir numa expedição, os bandeirantes subiam num morro em São Paulo e abriam a braguilha. Esperavam até ter uma ereção e depois seguiam na direção que o pau apontasse. Profissão para um HQEH é motorista de caminhão. Daqueles que, depois de comer um mocotó com duas Malzibier, dormem na estrada e, se sentem falta de mulher, ligam o motor e trepam com o radiador. No futebol HQEH é beque central, cabeça-de-área ou centroavante. Meio-de-campo é coisa de veado. Mulher do amigo de Homem que é Homem é homem. HQEH não tem amizade colorida, que é a sacanagem por outros meios. HQEH não tem um relacionamento adulto, de confiança mútua, cada um respeitando a liberdade do outro, numa transa, assim, extraconjugal mas assumida, entende? Que isso é papo de mulher pra dar pra todo mundo. HQEH acha que movimento gay é coisa de veado. HQEH nunca vai a vernissage. HQEH não está lendo a Marguerite Yourcenar, não leu a Marguerite Yourcenar e não vai ler a Marguerite Yourcenar. HQEH diz que não tem preconceito mas que se um dia estivesse numa mesma sala com todas as cantoras da MPB, não desencostaria da parede. Coisas que você jamais encontrará em um HQEH: batom neutro para lábios ressequidos, pastilhas para refrescar o hálito, o telefone do Gabeira, entradas para um espetáculo de mímica. Coisas que você jamais deve dizer a um HQEH: "Ton sur ton", "Vamos ao balé?", "Prove estas cebolinhas". Coisas que você jamais vai ouvir um HQEH dizer: "Assumir", "Amei", "Minha porção mulher", "Acho que o bordeau fica melhor no sofá e a ráfia em cima do puf". Não convide para a mesma mesa: um HQEH e o Silvinho. HQEH acha que ainda há tempo de salvar o Brasil e já conseguiu a adesão de todos os Homens que são Homens que restam no país para uma campanha de regeneração do macho brasileiro. Os quatro só não têm se reunido muito seguidamente porque pode parecer coisa de veado.
(Luiz Fernando Veríssimo)

10.10.05

Dois pesos e duas medidas?

Gozado, mês passado quando o Corinthians colocou o time reserva pra jogar contra o River Plate, o Galvão Bueno ficou puto e encheu o saco de meio mundo. Mas eu não ouvi ele falar um ai do Parreira ter colocado em campo Luisão, Renato e Gilberto (famosos quem?) pra jogar contra a Bolívia.

9.10.05

É nóis na frente, certo, mano?

E com a vitória sobre o Fortaleza no Pacaembu ontem, o Timão continua na liderança isolada do Brasileiro. E pelo jeito não sai de lá tão cedo, com os jogos que vêm por aí. Mas não venham com essa história de "beneficiados pelo STJD" porque mesmo que as partidas apitadas pelo juiz ladrão não fossem anuladas ainda assim o Corinthians não veria ninguém à sua frente. Será que daqui a dois meses eu vou ver o Galvão Bueno gritando "É tetra, é tetra!!"?